terça-feira, junho 06, 2006

A Razão da Besta

besta
Uns tipos com muito tempo livre apareceram por aí muito excitadinhos a afirmar que hoje, dia 6 de Junho de 2006, é o Dia da Besta. Isto porque numericamente a data tem a configuração 666, normalmente associada a uma Besta qualquer.
Não fazendo ideia do significará hoje ser o Dia da Besta, gostaria de dedicar este post a todas as bestas que conheço, e em especial:

- Às bestas que governam o país diariamente e que enchem o bandulho à conta de contribuíntes que cada vez têm menos dinheiro para si porque cada vez pagam mais para alimentar um Estado que pouco faz por eles.

- Às bestas dos empresários nacionais que não fazem nada pelo país mas que gostam de exibir os seus fatinhos e comparar o tamanho das suas gravatas em eventos do tipo «Compra-me isso Portugal».

- Às bestas histéricas dos media que transformam diariamente o país num circo de celebridades pré-fabricadas e medíocres que almejam uma qualquer importância nacional que só têm nas suas cabecinhas loiras e ocas.

- Às bestas dos jornalistas que não percebem a diferença entre uma estrumeira e os artigos que diaria ou semanalmente escrevem, acreditando que chafurdar na merda lhes dá uma aura qualquer de intocáveis, e que só são intocáveis porque ninguém se lhes chega perto por causa do cheiro.

- Às bestas do serviço e do funcionalismo público, agarradas que nem lapas a direitos adquiridos e a regalias desajustadas da realidade do país.

- Às bestas da oposição, que confundem oposição com destruição e que, por isso mesmo, não conseguem por manifesta incapacidade desempenhar o papel que lhes está destinado.

- Às bestas dos tios e das tias, indigentes, tesos, improdutivos, mas com aquela pose ridícula de que são importantes para alguma coisa, e com uma pseudo-educação que os coloca, no seu miserável discernimento, acima de todos os outros.

A melhor maneira de comemorar o Dia da Besta é expôr todas estas alimárias, quanto mais não seja por um único dia, e dizer-lhes, nas trombas, que já os topamos. O ideal seria tatuar-lhes, com um ferro quente na testa, o número 666. Isso seria mesmo bestial.

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